Latino leva garrafadas em show em Brasília
Do Famosidades Divulgação
RIO DE JANEIRO - O cantor Latino foi hostilizado no show que apresentou em Brasília, no último domingo (29). O autor de “Festa no Apê” teve que abandonar o palco antes ainda do final do show, por conta de objetos que foram arremessados em cima dele, dentre eles, garrafas de vidro.
A apresentação, que fazia parte do evento “1° Viradão Cultural em Brasilia”, aconteceu logo após a apresentação da banda de rock Raimundos. Latino alegou que quase foi atingido na cabeça por algum objeto que fora jogado da platéia. E foi bem nessa hora que ele decidiu abandonar o palco.
"Logo na primeira música, ele se retirou do palco temendo que acontecesse algo pior. Um dos músicos da banda sofreu ferimentos leves na cabeça e na perna, devido a uma garrafa que fora arremessada, pelo o que Latino nos relatou", contou a assessoria de imprensa do cantor ao Famosidades.
O cantor pediu desculpas aos fãs, em seu Twitter, e aproveitou para explicar o que aconteceu:
“Peço milhões de desculpas aos fãs de Brasília pela minha atitude. Quem estava lá sabe por que abandonei o palco. Organização na Esplanada 0! Uma das garrafas quase pegou na cabeça do meu musico. Surreal! Também... Fechar um evento logo depois dos Raimundos! Não poderíamos esperar confetes, né?"
Por meio de um comunicado, Latino disse que não podia colocar em risco a sua integridade física, nem das dançarinas e dos músicos da sua banda. Ele comentou que foi um erro da organização do evento colocar seu show logo após o da banda Raimundos, já que ambos têm público muito diferente.
De acordo com informações da sua assesoria de imprensa, Latino teria ouvido o tumulto da platéia, que parecia ensandecida. A assessoria alegou que a confusão do público começou já desde o show do Raimundos. Procurada para falar a respeito da confusão durante os shows, a produção que organizou o evento não quis comentar o assunto.
O vocalista e também empresário da banda Raimundos, Digão, não se opôs com a declaração de Latino. Muito pelo contrário: ele achou até bacana o que o cantor disse sobre o show de Brasília e sobre sua banda.
“Achei legal o que ele disse, até porque é verdade, nós temos realmente públicos distintos e percebi que o próprio Latino reconheceu isso”, declarou.
Sempre bem humorado, Digão disse ainda que não achou legal a atitude do público brasiliense ao receber Latino e seus músicos.
“Pôxa, se a galera não curte o som do artista, então vira as costas e vai embora. Mas agredir, arremessando objetos não foi nada bacana. Depois do episódio eu até conversei com o Latino nos bastidores, acho que ele fez certo ao sair do palco, pois poderia machucar alguém. Eu até pedi desculpas para ele, mesmo sem eu e minha banda termos absolutamente nada a ver com o que aconteceu”, contou o músico, que também concordou que a organização do evento poderia ter sido melhor preparada.
“Só pra se ter uma idéia, na frente do palco desse show colocaram uma ‘cerquinha’ velha e não tinha sequer nenhum segurança para conter a galera, que insistia em subir no palco para depois pular no meio da multidão. Isso acontece mesmo em shows de ‘hard core’, é normal eles se ‘jogaram pra galera’, sabe. A molecada se empolga e gosta também de fazer ‘roda’ em show de ‘hard core’. Nos últimos 50 shows que nós fizemos este ano, por exemplo, te falo que não rolou nenhuma briga entre quem nos assistia, até porque se rolar, eu paro de cantar na hora e tento acalmar os ânimos, para só depois retomar o show. Até então, esse tipo de manifestação com garrafadas voando assim para todos os lados, eu ainda não tinha visto antes”, desabafou.
O músico alegou também que, aos olhos dos leigos, quem faz essas famosas “rodas” do universo “hard core” logo pensa que trata-se de briga, quando na verdade, é uma forma da galera que curte o som extravasar, cada um a sua maneira.
Digão, que também é de Brasília, disse que o público de sua terra natal é maravilhoso e até estranhou a atitude deles na noite do último domingo (29).
“Rock n’ roll é assim mesmo. A galera se empolga, grita, se exalta durante os shows. É como se o rock ficasse ‘entalado’ na garganta da galera e quando eles soltam, imagina como ficam”, brincou ele, que acabou de retornar de uma turnê pela Bolívia, com sua banda.
“A receptividade lá foi incrível! Fomos super bem recebidos com limusine, hotel cinco estrelas pra toda a banda. Adoramos o show que fizemos em Santa Cruz de la Sierra. Pena que nem sempre o público recebe bem o artista”, completou o músico, ao se referir ao episódio de Brasília.
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