quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ENTREVISTA

Cauã Reymond: um astro mais maduro
O  intérprete do polêmico Danilo, personagem da novela Passione, concedeu entrevista à revista CRIATIVA
                                                        Foto Daryan Dornelles / Fotonauta
 Da revista Criativa
Cauã Reymond é um dos grandes atores de sua geração. Na TV, ele vive Danilo, um rapaz envolvido com drogas em Passione. Além disso, quatro filmes em que atuou serão lançados em breve, sendo que um deles, Não se Pode Viver Sem Amor, foi indicado ao prêmio de melhor longa-metragem no Festival de Gramado, que acontece neste mês.
Neste trecho inédito da entrevista exclusiva que o ator concedeu à revista CRIATIVA de setembro, que chega às bancas a partir de amanhã, ele fala sobre futebol, política, trabalho e vida pessoal – o que inclui, é claro, o casamento com a atriz Grazi Massafera.

CRIATIVA: Você tem time? Gosta de futebol?
Cauã Reymond: Tenho, sou flamenguista. Comecei a gostar de futebol tem uns três anos. Jogo bola mal pra caramba (risos). Fiquei viciado naquele futebolzinho de videogame.

Você é um cara politizado? Já sabe em quem vai votar, por exemplo?
Não sei em quem vou votar, mas sou um cara cada vez mais interessado, sempre antenado. Mas, no Brasil, isso é muito frustrante. Minha frustração é a que todo cidadão tem.

Se tiver que escolher, o cinema, mais que a TV ou o teatro, é a sua paixão?
Eu gosto de tudo que eu faço. No Brasil, o cinema tem uma proporção diferente, a maioria dos meus filmes não foi vista por muita gente. Sei que sou conhecido pelo meu trabalho na TV, o cinema fala com um público específico. Se eu posso trabalhar na televisão, em um veículo que fala com milhões de pessoas todo dia e que me proporciona, de certa forma, estabilidade financeira, no tempo em que não estou na TV, quero trabalhar com outras pessoas. Até para enriquecer o meu trabalho e poder aparecer na TV mais maduro.

Tem algum novo convite para filmar?
O Mario (Canivello, empresário do ator) me falou do Roberto (Farias, cineasta), falou do (Jorge) Duran (cineasta), que também deu uma entrevista sobre o próximo filme dele. São pessoas que eu admiro. Filmei com o Durán há pouco tempo e filmaria com ele de novo agora. Mas eu pediria duas semanas de férias. Da outra vez terminei a novela sexta à noite, fui para a confraternização e dormi tarde. Cinco da manhã de domingo eu estava no set filmando com o Durán.

O que te faz se permitir isso agora?
Tem um momento na vida em que você não pode deixar as oportunidades passarem. Se eu não tivesse filmado com o Durán a primeira vez, provavelmente eu não teria essa nova oportunidade agora. Há momentos em que você tem de entrar mesmo e outros em que já conseguiu certas coisas, as pessoas estão começando a conhecer o seu trabalho e você pode se dar ao direito de se cuidar um pouco mais, até para fazer um melhor trabalho.

Sua mãe ficou grávida de você aos 17 anos. O fato de seus pais serem jovens te aproximou dos seus avós?
Acho que sim. Meus avós preencheram uma figura paternal, porque os meus pais eram muito jovens. Meu pai morava longe e meu avô era a figura masculina de exemplo para mim. Tenho muitas coisas parecidas com ele. Meu avô saiu de casa, na Paraíba, aos 17 anos e conquistou tudo sozinho. Eu saí da casa do meu pai para vir para o Rio ser modelo aos 17.

O que te chamou a atenção na Grazi?
Tudo. O principal é o bom humor, isso é tão importante.

A casa de vocês é quase um zoológico, tem vários bichos...
São sete bichos. Três gatos e quatro cachorros.

Você tem um cantinho especial na casa? Um espaço para refletir e ficar sozinho?
Gosto do quarto, do nosso quarto.

Gosta de dar entrevista? É um mal necessário?
Entrevista é quase um processo analítico, não é um mal necessário. Faz parte do meu trabalho, não sofro com isso, não. Se eu sofresse, seria muito triste. Às vezes você fala coisas e só enxerga depois que falou.

Em uma relação em que os dois dão entrevistas, surge um ruído?
A gente lê tudo, mas o bacana é que, com o tempo, isso vai tomando menos espaço na relação. Vai sendo uma coisa do dia a dia, normal. No começo tentamos encontrar homogeneidade, para ninguém fazer uma coisa que magoe ou vá contra o que o outro acredita. Depois de um tempo se torna natural. Tudo vai ficando mais parecido mesmo.

E vai ter cerimônia de casamento? Os dois querem?
Acho que sim. Agora não estão falando muito, mas teve uma época em que comentavam tanto, que falávamos, pô, a gente já está casado. Estamos.
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