Do Extra
O estudante de direito e lutador de jiu-jítsu Leonardo Loeser de Oliveira, de 27 anos, foi reconhecido por colegas do travesti Taira, assassinado após um programa no sábado. Um travesti que trabalha no mesmo local em que Taira ficava na Lapa diz ter estado com o lutador poucas horas antes num hotel do bairro. Ele contou que Leonardo apresentava um comportamento que destoa da maioria dos clientes.
O estudante de direito e lutador de jiu-jítsu Leonardo Loeser de Oliveira, de 27 anos, foi reconhecido por colegas do travesti Taira, assassinado após um programa no sábado. Um travesti que trabalha no mesmo local em que Taira ficava na Lapa diz ter estado com o lutador poucas horas antes num hotel do bairro. Ele contou que Leonardo apresentava um comportamento que destoa da maioria dos clientes.
— Ele estava paranoico. Ficava olhando pela fresta debaixo da porta porque achava que alguém podia estar vendo a gente — disse o travesti, que preferiu não se identificar.
Segundo ele, o lutador consumiu cocaína e crack no quarto. Em seguida, saiu novamente pela Lapa e decidiu ficar com Taira. Foram para o mesmo hotel e, segundo os colegas do travesti assassinado, Leonardo teria dito que estava sem dinheiro e que passaria em casa para buscar. O travesti o acompanhou e acabou morto. Taira, que seria de Itabuna, na Bahia, estava há cerca de três meses trabalhando nas ruas da Lapa.
O Movimento dos Gays, Travestis e Transformistas do Rio (MGTT) e outras entidades que lutam pela diversidade sexual pediram ontem uma audiência com o governador Sérgio Cabral. Eles querem uma delegacia especializada para atender crimes relacionados à homofobia.
— Hoje, o homem bate menos na mulher porque existe a Delegacia da Mulher e a Lei Maria da Penha para punir — disse Loren Alexsander, presidente do MGTT.
Na segunda, amigos do lutador de jiu-jítsu Leonardo Loeser de Oliveira, de 27 anos, contaram, na Divisão de Homicídios (DH), que ele usava crack há mais de um ano e meio e que costumava ter relações homossexuais.
Vício do crack no lugar da faculdade
A delegada Tatiana Queiroz afastou a hipótese de crime homofóbico, já que a vítima costumava manter relações com pessoas do mesmo sexo.
— Também não descartamos a hipótese de que Leonardo possa estar sob o efeito do crack no momento do crime. Segundo relatos de amigos, ele largou a faculdade onde cursava direito para se dedicar integralmente ao vício — contou.
O laudo pericial concluiu que a vítima morreu de uma forte pancada na cabeça depois de uma luta corporal.
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