Alexandre Borges de olho na moda
O ator Alexandre Borges mergulha no mundo fashion por causa de Jacques Leclair, seu personagem em Ti-ti-ti
Conteúdo do site MINHA NOVELA
Para encarnar Jacques Leclair, de Ti-Ti-Ti, Alexandre Borges, 44 anos, está tendo que aprender tudo sobre o mundo da moda. Neste ano, prestou mais atenção ao evento São Paulo Fashion Week – onde gravou cenas para a novela –, passou a ler revistas sobre o assunto e se debruçou sobre a biografia do estilista Dener. Não que isso esteja sendo penoso. Ao contrário.
O ator tem se divertido com as loucuras e, sobretudo, com o figurino de seu personagem. E já tem até os estilistas favoritos: "Alexandre Herchcovitch, Caio da Rocha, Carlos Tufvesson, e gosto muito de Yves Saint Laurent", relaciona o galã, ainda tímido para falar sobre o tema.
FIGURINO DE OUTRO MUNDO
Para Alexandre Borges, os cabelos compridos, as roupas espalhafatosas e o lencinho no pescoço de Jacques Leclair são fundamentais. "Traz logo a cara do personagem. Um homem que se autoproduz, que tem o estilo um pouco over, que se acha glamouroso, de um charme irresistível (risos)", diverte-se o ator.
À ESPERA DE APROVAÇÃO
O galã admite que, para reavivar a memória, buscou cenas da primeira versão de Ti-Ti-Ti (1985) na internet. "Mas são leituras diferentes. Realmente, a gente tem de partir do zero", conta.
Apesar das diferenças entre as duas produções, Alexandre não vê a hora de encontrar Reginaldo Faria, o primeiro a dar vida ao personagem, que fará uma participação especialíssima na trama das 7. "Estou muito curioso, ansioso para vê-lo e saber como foi, o que ele está achando... Respeito muito o Reginaldo, admiro toda a carreira dele, não só o Jacques Leclair. Então, para mim, é muito importante a sua opinião", confessa o ator.
Alexandre revela que, ao mesmo tempo, espera que o público não compare as duas atuações. "Foi uma novela que marcou bastante e a referência deve ser essa, e não a partir de uma imitação ou comparação. Porque é cruel tanto para um lado quanto para outro. O que foi feito, foi feito. Agora é uma nova novela."
INSPIRAÇÃO NA VIDA REAL
Ti-Ti-Ti é uma obra de ficção, mas tem inspiração na vida real. "A referência do figurino, da figura (de Jacques Leclair) e do estilo é do Dener, o primeiro costureiro da alta-costura brasileira", diz Alexandre.
Dener (1936-1978) começou a trabalhar com moda aos 13 anos, em 1957, abriu seu ateliê, foi estilista da primeira-dama Maria Tereza Goulart, e fundou, em 1968, a primeira grife do país, a Dener Difusão Industrial de Moda. Nos anos 70, disputou com Clodovil (1937-2009) o título de "papa da alta costura". Relação com a briga entre Jacques e Victor Valentim (Murilo Benício)? É mera coincidência.
TOQUE FASHION
Para encarnar um estilista, Alexandre teve de apurar o olhar para uma área em que, até então, só flertava. Já havia desfilado e ido ao São Paulo Fashion Week algumas vezes...
"É um mundo novo para mim. Mas, hoje em dia, não dá para passar batido pela moda. A criação brasileira tornou-se assunto constante na mídia, com todo o sucesso que conquistou fora do país e o imenso investimento da indústria nesse segmento", pondera o galã, que se diz um curioso em relação ao tema.
"Acabo indo a reboque da Julia (Lemmertz, sua esposa), pego carona para conhecer algumas coisas. Agora, estou tentando conhecer mais", diz o ator, arriscando um palpite: "Jacques é um estilista da zona leste, um cara que faz vestidos de noiva, de madrinha, de excursão, umas coisas espalhafatosas. Ele não é um cara que frequenta a São Paulo Fashion Week. Jamais seria aceito nesse círculo (risos)."
BOM GOSTO
Alexandre pode até não entender muito de moda, mas, com certeza, não lhe falta bom gosto. "Quando se é ator, você coloca um jeans básico, uma camiseta, um botão e tchau! Não tem muito tempo nem dinheiro para comprar roupa. Mas, depois, vai dando vontade de se vestir melhor e passa a investir nisso", comenta. E, acredite se quiser, Alexandre até arrisca comprar roupas para a mulher. "Geralmente, ela não troca. Acerto o estilo e o tamanho", gaba-se.
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