Da Folha.com
O governador do Rio, Sérgio Cabral, anunciou na tarde deste sábado que o governo vai recorrer da decisão judicial que negou a prisão preventiva dos dois policiais acusados de receber propina para liberar o veículo do estudante que atropelou e matou Rafael Mascarenhas, 18, na última terça-feira, em um túnel na Gávea (zona sul).
O pedido de prisão preventiva havia sido apresentado pela Corregedoria da PM ontem à noite e foi negado pelo juiz Alberto Fraga.
Cabral classificou o cabo Marcelo Bigon e o sargento Marcelo Leal de Souza Martins, do 23º Batalhão (Leblon), como "bandidos ao quadrado". "O que esses policiais fizeram é de um desprezo, de uma marginalidade que envergonha", disse.
"Assim que eu soube [da denúncia de recebimento de propina, feita pelo pai do motorista que atropelou Rafael], falei com o [comandante-geral da PM] Mário Sérgio, que é um oficial extremamente sério, extremamente decente, extremamente digno. A maioria da corporação é digna, séria e honrada e se envergonha com esse tipo de papel", disse o governador. "Mas eu tenho certeza de que, com uma punição exemplar, a gente mostra à sociedade como é que nós agimos."
Os dois policiais tiveram a prisão administrativa decretada pelo comando da PM. Por enquanto, só Bigon se apresentou, e está detido no Batalhão Especial Prisional da PM, em Benfica (zona norte). Martins está sendo procurado pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar do Rio.
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